Tati Abrão e Guto Souza passaram nove meses viajando o mundo. Para mostrar um pouco da aventura, o casal de Curitiba montou uma série das selfies tiradas ao redor do planeta. Entretanto, o casal frisa que curtir o lugar é mais importante do que fotografar. “Nós preferimos clicar menos, tentar traduzir o lugar em poucas imagens, para poder aproveitar mais a viagem”.
Depois de economizarem por anos, os dois percorreram 70 cidades em 20 países. Para eles, as selfies são necessárias para registrar qualquer viagem ou momento especial. “Sendo fotógrafos, a maioria das fotos que fizemos durante a viagem buscaram registrar as características dos lugares. Às vezes, nos surpreendíamos por termos feito poucas ou nenhuma foto nossa em alguns locais. Mas é claro que também queríamos ter autorretratos para manter como memória”, contaram.
Como fotógrafos, eles dão uma dica para se tirar boas selfies: usar um tripé. Mas, como o equipamento profissional é pesado, ele não foi levado. A solução foi utilizar um tripé mais simples e leve. Porém, o objeto estragou ainda no início da viagem. A partir de então, eles contaram apenas com a criatividade para o registro das selfies com o enquadramento que os agradasse.
“Tivemos a ideia do celular. Testamos, gostamos e começamos a aplicar em todos os lugares, já pensando que uma série dessas imagens ficaria bem divertida. A técnica era muito simples: escolhíamos o fundo da foto, fazíamos uma selfie clássica com o celular, mantínhamos a foto na tela e fotografávamos o celular no mesmo fundo. Essa é uma série que mostra de maneira rápida e divertida os principais lugares”.
Volta ao mundo
Guto e Tati contam que a experiências vividas ao longo da viagem fizeram com que eles enxergassem além do que eram acostumados. “Ter uma ideia maior sobre como o mundo funciona, do quanto somos diferentes em muitos aspectos e iguais em outros, é um sonho realizado e uma memória que levaremos para sempre – tanto quanto os lugares incríveis que conhecemos”, explicaram.
Uma das principais curiosidades das pessoas em relação à viagem é qual foi o lugar favorito do casal de mochileiros. Porém, é uma pergunta que eles não conseguem responder, já que os destinos os marcaram de maneiras diferentes. Além do quê, conforme contaram, cada local tem características positivas e negativas.
“Na China, por exemplo, tivemos problemas com a comunicação, mas mesmo assim foi um dos lugares em que nos sentimos mais acolhidos. A Índia nos trouxe grandes dificuldades, mas também muito crescimento. A Europa é cara e lotada de turistas, mas também é cheia de charme e história”.
Eles relatam que vivências cotidianas e simples, como tomar um iogurte na rua ou apreciar o pôr do sol, foram igualmente significativas a experiências grandiosas, como explorar a Muralha da China ou voar de balão na Capadócia. “Esses pequenos acontecimentos do dia a dia somados às conversas com as pessoas sensacionais que conhecemos em cada lugar, nos possibilitaram ampliar os horizontes”, afirmaram. No blog FotoMochileiros, o casal postou todos os registros da aventura.
Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/01/casal-faz-serie-de-selfies-pelo-mundo-mas-diz-que-viajar-e-mais-importante.html