Conheça Caribe
É difícil escolher um só destino neste mar cobiçado desde os tempos dos piratas. Por isso, selecionamos oito de uma vez só: Aruba, Curaçao, Punta Cana, Cartagena das Índias, Bahamas, St. Maarten, Barbados e Varadero! É um verdadeiro mapa do tesouro, com o que há de melhor para fazer a dois ou em família, comer, comprar e passear!
Curaçao
Uma das mais belas ilhas do Caribe é multicultural e colorida, indo dos azuis turquesa e safira do mar aos diferentes tons das construções
Com 38 praias e 40 baías, Curaçao é um destino de águas cristalinas e sol que brilha praticamente o ano inteiro. Em uma área de 472 km² (quase o mesmo tamanho de Florianópolis), a “Holanda do Caribe” é a principal ínsula entre as cinco que formam as Antilhas Holandesas. Tem como capital a pitoresca Willemstad, que desde 1997 é considerada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco.
Curaçao se divide em duas partes: Otrobanda (residencial e hoteleira) e Punda (comercial e turística). Um monumento histórico que não deve passar despercebido é a Ponte Rainha Emma, que flutua sobre botes e serve de passagem apenas para pedestres, retraindo para os barcos passarem. Desde 1888 une os dois lados da ilha.
O forte mesmo são as praias. A Jan Thiel Beach, Kenepa, Kontiki Beach e Port Marie são as mais populares. No quesito atrações, as atividades que envolvem o mar são as principais: são 60 pontos de mergulho! As águas claras proporcionam uma visibilidade incrível. É possível ver o fundo do oceano até mesmo de noite. Dá para observar com nitidez mais de 50 espécies de corais e 500 de peixes. Em matéria de cavernas, a Hato e a Boca Tabla são imperdíveis!
Com um completo acervo que narra a história do tráfico de escravos, Kurá Hulanda é o único museu africano do Caribe. Numa área dedicada ao Holocausto Negro, denominação dada por Martin Luther King ao genocídio africano, foi construída uma réplica de um navio negreiro.
O agito fica por conta da vida noturna, muito variada e embalada, principalmente, por rumba, salsa e merengue. Em Mambo Beach dá para dançar com o pé na areia até o sol raiar. Os cassinos também são muito populares.
Bon bini mi dushi! Prepare-se para escutar coisas deste tipo por lá. Além do idioma oficial (o holandês), também é muito comum o papiamento. O dialeto inclusive serviu de inspiração para o linguajar utilizado pelo parque Hopi Hari, em Vinhedo (SP). É, na verdade, um mistura de holandês, português, inglês e espanhol. Então, é até fácil em alguns momentos compreender umas palavras. Mas para quem não entendeu a introdução, é como eles costumam receber os visitantes: “bem vindo, meu querido!”.
A culinária crioula mistura diferentes receitas internacionais aos apimentados temperos caribenhos. Entre as iguarias da região estão o keshi yená (frango desfiado coberto com queijo), jambo (espécie de feijoada de quiabo), karni stoba (carne ensopada) e a sopa de iguana. De sobremesa, quesillo (pudim de caramelo) e casjupete (bolo preto) são as melhores pedidas. Para beber, as “atrações” são a famosa Amstel Bright (cerveja feita com água do mar dessalinizada) e o popular licor Curaçao Blue. Fabricado em diversas tonalidades, o mais conhecido deles é o que lembra o azul do mar. Um dos locais mais animados é o Barbarossa, restaurante a bordo do Negrita, barco ancorado no píer de Willemstad. Quem preferir jantar com música ao vivo, o Chogogo Terrace é uma boa.
Barbados
Praias de sonhos, peixes que voam, rum dos deuses e sol brilhando quase o ano inteiro são as boas pedidas da ilha
Passeio ideal para crianças, o Sea Aquarium, com 70 aquários gigantes, oferece uma experiência única de convivência com espécies marinhas em seu habitat natural. O destaque por lá é nadar com golfinhos no Dolphin Academy. Mas há interação com outros animais, como arraiais, tubarões e leões marinho.
De Breedestraat, De Heerenstraat e Madurostraat são consideradas as ruas mais famosas da capital. A loja Penha, em Punda, é a ideal quando o assunto é perfumaria e cosméticos, com preços bem bacanas. No quesito eletrônicos vale visitar a Boolchand’s. Do outro lado do canal, em Otrobanda, fica o Renaissance Mall. Construído em 1828, o The Rif Fort se transformou no Riffort Village, um centro de compras com restaurantes, bares, sorveteria, café e um terraço com vista para o porto. Quem quiser mais, pode seguir até a Duty Free Zone onde os preços são ainda menores. Há também o shopping Promenade e o Mercado Flutuante, ótimas opções na hora das compras!
Quando os britânicos chegaram a Barbados, por volta de 1630, encontraram lindas praias, muitos coqueiros e sol, muito sol. Junto, os europeus trouxeram todas as suas manias, costumes e muitos escravos africanos. As culturas se misturaram, as etnias também e o que ficou foi um sotaque inglês, mas com todo o jeitão de Caribe. Apesar da influência, o povo barbadiano desenvolveu uma identidade própria, genuína, que ficou conhecida como bajan. Independente há menos de 50 anos, a ilha, que reúne 300 mil habitantes, desponta como o local com a melhor qualidade de vida do Caribe. Pertinho de nós, já que são menos de seis horas de voo, Barbados é uma das melhores barbadas da região.
A atração mais famosa de Bridgetown é o Atlantis Submarine, um submarino de verdade que comporta 48 passageiros e pode descer até 50 metros de profundidade. Pelas grandes janelas de vidro, dá para ver peixes de diversos tipos, corais e até mesmo uma traineira naufragada. O passeio dura cerca de uma hora.
Ainda na capital, programe-se para visitar o Mount Gay Rum, a mais antiga fábrica de rum em atividade no Caribe, inaugurada em 1703. Ela tem uma grande loja onde são vendidas mais de dez variedades de rum, inclusive o 1703 Old Cask Selection, que passa 30 anos envelhecendo dentro de barris de carvalho. Há um tour guiado pela linha de produção, com direito a degustação.
Deixando Bridgetown e seguindo para a porção central da ilha fica Harrison’s Cave, um complexo de cavernas a 50 metros de profundidade. O tour é realizado em carrinhos sobre trilhos, que passam por galerias repletas de estalactites.
Mas, como estamos no Caribe, as praias são as maiores atrações. É no sul, no oeste e no sudeste da ilha que se espalham as faixas de areia mais gostosas. A começar por Crane Beach, que teima em ficar disputando o título de praia mais linda do mundo. Menos pop, mas igualmente atraente, é o Oistins. Nessa vila pesqueira, não deixe de esticar até Oistins Bay Gardens. A areia fica tomada por barraquinhas que vendem bijuterias, lembranças e pratos típicos fartos, a ótimos preços.
Quem prefere algo mais suave pode ir a St. Lawrence’s Gap. Barzinhos à beira-mar e bons restaurantes pontuam essa baía de água calma e lotada de barquinhos de pesca coloridos.
Se não fosse pelo calor tropical, a capital de Barbados, Bridgetown, poderia ser uma filial de Londres. Isso porque muitas construções históricas e prédios públicos ressaltam o passado da ex-colônia britânica. Exemplos disso são o Parliament Building, a Chamberlain Bridge e o edifício Barbado’s Mutual Life. Sem contar o bairro periférico de Saint Ann’s Garrison, tombado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.
O lugar mais chique da ilha é a pequena Holetown, na costa oeste. Primeiro assentamento dos ingleses em Barbados, a vila é uma sucessão de casas e mansões de frente para o mar – boa parte delas tem como proprietários muitas celebridades. Quem vai a Holetown pode aproveitar um jantar romântico em seus excelentes restaurantes com vista para o mar, passar na Chattel Village – uma vilazinha composta de lojinhas coloridas em meio a belos jardins tropicais – ou simplesmente caminhar despreocupadamente pelo Waterfront, o calçadão que segue por dois quilômetros com o mar de um lado e as mansões e restaurantes do outro.
Barbados não cobra impostos dos turistas (viva!!) – basta apresentar o passaporte e as compras sem encargos estão liberadas. Em Bridgetown, vale a pena xeretar as ofertas das ruas comerciais do centro, sobretudo a Broad Street, onde há desde lojas de joias e pedras preciosas até artigos de praia.
Mas o endereço quente é na Pelican Craft Center – o maior centro de venda de artesanato de todo o Caribe, com mais de 50 lojas instaladas em casinhas coloridas, numa simpática vila à beira-mar.
Além disso, a mão de trânsito é na direita, as mulheres usam chapéus, as pessoas conversam em inglês e os jovens jogam críquete.
A sensação dos cardápios barbadianos é o flying fish, isso mesmo, um peixe-voador. Ele geralmente é servido assado na grelha, com purê de batata ou de banana. O macaroni pie também faz sucesso. É uma espécie de torta feita com macarrão e queijo que é herança de imigrantes escoceses que foram para o país no século 20. Mas a receita ganhou um toque caribenho, com a adição de pimenta e outros temperos picantes.
No aeroporto internacional Grantley Adams fica o Concorde Experience, uma série de atividades interativas feitas dentro e fora de um exemplar do Concorde, o avião supersônico que ligou Barbados a Londres em apenas três horas de voo durante as décadas de 1980 e 1990. Além de aprender sobre a aeronave que podia ir além da velocidade do som, os visitantes têm à sua disposição simuladores e outras brincadeiras interativas.
Cartagena das Índias
Cenário de obras literárias, a colorida cidade colonial mostra que Colômbia e Caribe têm tudo a ver
Gabriel García Márquez não se engana: Cartagena das Índias é a expressão máxima do realismo mágico, movimento literário que mistura fantasia à realidade. Colonizada pelos espanhóis a partir de 1533, ela já foi o porto mais importante das Américas, alvo constante de ataques piratas nos séculos seguintes – daí as muralhas de pedra fortificadas com canhões. Hoje, de navio bastam os cruzeiros, que aportam na área moderna da cidade, carregados de turistas. Por trás dos paredões do Centro Antigo, eis o contraste fantástico: as doces casas de fachada colorida, as varandas de madeira floridas, as ruas de pedra, o trânsito de charretes e o cheiro da comida… Ah, e ainda tem o Mar do Caribe logo ali!
O Centro Antigo amuralhado tem sua entrada principal na Torre do Relógio. A partir dali, a pedida é se perder pelas ruelas – há quem prefira fazer passeio de charrete, mas caminhar é bem mais proveitoso. Praças são uma constante: a de la Aduana é a maior, a de Santo Domingo tem uma escultura do colombiano Fernando Bottero, a de Santa Tereza ferve à noite com mesas ao ar livre. Próximo da arborizada Plaza de Bolivar, visite o Palácio de la Inquisición, casarão do século 18 onde a Inquisição espanhola interrogava e torturava os hereges – uma coleção de instrumentos de tortura fica em exposição. Do outro lado, está a Catedral, do século 16, com altar de madeira folheado a ouro. O Museo del Ouro, por sua vez, guarda peças feitas pela civilização Zenu, que habitou o norte da Colômbia até a chegada dos espanhóis. O Museo de las Fortificaciones conta a história e o funcionamento das muralhas, enquanto o Museo Naval del Caribe recria a história de Cartagena. Cartão-postal da cidade, o Castillo de San Felipe de Barajas é uma fortaleza militar construída no século 16 sobre uma colina, fora das muralhas, com ótima vista para as partes antiga e moderna da cidade. Em Cartagena, a melhor enseada é a de Playa Blanca, mas as praias realmente bonitas, dignas de Caribe, ficam nas ilhas próximas: de barco, chega-se a Rosário, Barú e San Bernardo, todas de areia branquinha e fina, com mar cálido e esverdeado.
Fãs de literatura vão pirar no roteiro com audioguia inspirado no escritor Gabriel García Marquez, que tem uma casa na cidade, de frente para o mar. O trajeto cobre 35 lugares citados em suas obras ou relacionados à sua vida, como o hotel Santa Clara, antigo convento onde se passa a história do livroDo Amor e Outros Demônios, e o bar Bazurto Social Club, que tem as empanadas preferidas de Gabo.
Um dos restaurantes mais famosos do Centro Antigo é o El Santísimo, que acrescenta toques franceses a receitas cartageneras, como o Abatalá, punta de anca (corte equivalente à picanha) cozida por duas horas e servida com arroz de coco e bananas. O disputado La Vitrola, restaurante do hotel Casa El Carretero, tem ares cubanos (com direito a banda típica) e menu de nova cozinha colombiana, com delícias como carpaccio de polvo, ceviche de corvina, camarões com molho de manga e ensopado de mariscos.
O Aquário San Martín de Pajarales, nas ilhas de Rosário, é considerado um dos mais belos do Caribe, com show de golfinhos e tubarões, que se alimentam diretamente na mão dos treinadores. No Jardim Botânico, os pequenos podem ter contato com mais de 12 mil espécies de flora. A Villa Babilla, a 15 quilômetros de Cartagena, é um criadouro de répteis típicos da costa caribenha, entre tartarugas e iguanas, além de outros animais, como preguiças e cavalos. O Planetário da Escola Naval Almirante Padilla oferece observações de estrelas, exposições e atividades recreativas.
Pôr do sol é no Café del Mar, sobre a muralha e de cara para o Mar do Caribe, com mesas ao ar livre e DJs tocando música ao vivo. À noite, vai bem um drinque à meia luz no bar El Coro, do luxuoso hotel Santa Clara.
No Centro Antigo, os antigos depósitos e celas do Cuartel de Las Bóvedas foram convertidos em lojas de artesanato local, que vendem bonequinhas, cerâmicas e trabalhos em tecido. Esmeraldas colombianas são bastante comuns nas joalherias de Cartagena, como a Lucy Jewelry. Também há muitos antiquários, sobretudo nas ruas Santa Teresa, Baloco e Santo Domingo.
Aruba
Mesclando paisagens áridas e praias perfeitinhas, a ilha pertencente à Holanda é indicada tanto para viagens a dois como em família
Em uma costa, ondas fortes e paredões rochosos; na outra, mar azul-turquesa e árvores divi-divi. No interior, aridez, cactos, iguanas e cabras selvagens. Esta é Aruba, que junto com Bonaire e Curaçao, forma o “ABC caribenho”, de colonização holandesa – o que logo se percebe nas construções coloridas. Aruba tem duas vantagens que a tornam irresistível: está fora da rota dos furacões e é pertinho – são só seis horas de voo desde São Paulo ou Rio de Janeiro. A ilha é pequena, tem metade do tamanho de Florianópolis, com apenas seis cidades – a capital, Oranjestad, tem 30 mil habitantes. Alugar um carro pode ser uma boa para percorrer tudo.
As agências locais oferecem passeios em ônibus ou veículo 4×4 que rodam pelos principais atrativos de Aruba. As formações rochosas de Casibari criam uma interessante paisagem e, do alto delas, é possível avistar praticamente toda a ilha. Vista melhor ainda tem a montanha Hooiberg, com 165 metros de altura (um dos picos mais altos). Uma escadaria de 562 degraus leva ao topo – dá para ver até o litoral da Venezuela. Solitária no centro da ilha, a pitoresca Capela Alto Vista está lá desde 1750, construída pelos espanhóis. Perto das minas de ouro de Bushiribana, o mar quebra com violência nos paredões, esculpindo as chamadas “pontes naturais”. A maior delas, símbolo de Aruba, desabou em 2005, mas há outra menor, Baby Bridge. Por ali fica o Wish Garden, um conjunto de pedras que os próprios turistas começaram a empilhar – cada pedra representando um desejo. Aproveite também a piscina natural de Conchi, recanto de águas calmas no agitadíssimo mar da costa.
O Farol Califórnia, de 1914, é um ótimo lugar para apreciar o pôr do sol. No quesito praia, Palm Beach é a mais badalada, endereço de hotéis como Marriott, Radisson, Hyatt, Westin e Holiday Inn. Mais calma é a vizinha Eagle Beach, com quiosques e cadeiras para alugar. Outras enseadas famosas são Arashi (a preferida dos locais), a pequena e reclusa Boca Catalina e a popular Baby Beach. Hadicurari é boa para windsurfe e kitesurfe; Andicuri e Boca Grande, para surfe. Todas essas praias estão no roteiro do eficiente e barato ônibus Arubus, que circula por toda a ilha. Mergulho e snorkel também são atividades populares, graças aos 14 naufrágios próximos à costa, como o Antilla, navio da Segunda Guerra. A ilha de De Palm é um parque all inclusive com praias artificiais, piscinas e toboáguas – uma das principais atrações é o Sea Trek, caminhada submarina com escafandros. Conhecida como “Las Vegas do Caribe”, Aruba tem 12 cassinos, como o Stellamaris, do Marriott, e o Crystal, do Renaissance, abertos 24h.
Símbolo de Aruba, as árvores divi-divi têm o tronco todo retorcido por conta dos ventos fortes que sopram do mar, apontando sempre para o sudoeste. Eagle Beach tem as mais frondosas e tortuosas – em contraste com a areia branca e o mar azul, formam o cartão-postal de Aruba.
Em um deque à beira do mar de Palm Beach, o Pelican Nest é especializado em frutos do mar – o chefperuano é famoso por preparar ceviches incríveis. O Pinchos, que se gaba de ter o pôr do sol mais romântico de Aruba, tem menu de pescados, como a garoupa grelhada com molho de damascos e gengibre, e drinques típicos, como o Aruba Ariba, com camadas de vodca, rum, leite de coco, creme de banana, abacaxi e suco de laranja e de cranberry. Tradicionalíssimo, o keshi yena, prato à base de peito de frango e queijo gouda, pode ser encontrado no restaurante Queen’s.
Aruba é um destino muito família – a ilha tem até um programa que oferece hospedagem grátis, descontos em atrações e atividades específicas para crianças de até 12 anos. Bons lugares para visitar com elas são a Butterfly Farm, viveiro com centenas de borboletas, o Donkey Sanctuary, que cuida de 40 burros, e a Ostrich Farm, onde é possível alimentar e acariciar avestruzes.
Barcos como o Blue Melody e o Black Pearl podem ser alugados com direito a jantar preparado e servido a bordo durante o pôr do sol. Irresistíveis também são os jantares pé-na-areia, com iluminação de tochas, dos restaurantes Azull, do hotel Westin, o Footprints, do Hyatt e o Simply Fish, do Mariott.
Em Oranjestad, a avenida principal, Lloyd G. Smith Boulevard, é cheia de vitrines grifadas. Também tem ótimas lojas para pechinchar perfumes, joias, roupas, eletrônicos, bebidas, queijos holandeses e charutos cubanos, com impostos bem baixos. Há ainda oito shoppings centers na ilha, como o luxuoso Renaissance Mall e o Renaissance Market Place, ideal para descolar produtos típicos. Próximo ao porto, o Royal Plaza facilita a vida de quem chega em cruzeiros.
Punta Cana
Os hotéis são as grandes atrações, mas ao chegar ao balneário dominicano não se prenda apenas a eles
Entender Punta Cana é muito simples. O balneário começou a brilhar a pouco menos de duas décadas, quando grandes redes de resorts escolheram as areias da República Dominicana para abrirem novas unidades no Caribe. A área de 50 quilômetros de litoral virou uma espécie de oásis, onde os hotéis seduzem os hóspedes com as palavrinhas mágicas “all inclusive”. As opções de hospedagem agregam tantas comodidades que muitos turistas nem saem dos complexos – que mais parecem pequenas cidades. Isso acontece porque os empreendimentos apostaram alto em infraestrutura, unindo entretenimento, descanso e boa gastronomia em um único lugar.
Boa parte dos hotéis oferece passeios para os interessados em conhecer melhor a região. A atração mais cotada é ir até a Ilha Saona. O passeio parte de Bayahibe, distante uma hora e meia de Punta Cana. De Bayahibe saem as lanchas e os catamarãs. Saona é uma das ilhas mais famosas do Caribe e não foge à regra: água clarinha, areia fina e branca com coqueiros e bangalôs à beira d’água para massagens. Outro passeio bacana é ir até a capital da ilha, Santo Domingo, e fazer um passeio cultural por lá. A cidade foi a primeira parada de Cristovão Colombo. Certo que aportava nas Índias, o navegador acabou descobrindo o Novo Mundo. O centro histórico reúne cerca de 100 monumentos que guardam o passado da cidade mais antiga das Américas. Já em La Romana, no caminho para Santo Domingo, surge o Casa de Campo, um dos mais gigantescos complexos turísticos de todo o Caribe, com 28 km de extensão. Esse misto de hotel e condomínio de luxo vale a visita, mesmo que você não se hospede lá. Do complexo faz parte Altos de Chavon – uma vila construída à semelhança de uma cidade medieval. Está em um penhasco, com vista espetacular para o rio Chavon, e agrega um museu arqueológico, oficinas de artesanato, cafés e restaurantes. Mas o ponto alto é o anfiteatro grego, que comporta 5 mil pessoas em dias de shows, inaugurado por Frank Sinatra em 1982.
Caso não queira ir muito longe e estiver a fim de curtir apenas o que há para fazer no balneário, estique até o Parque Temático Manatí, povoado de peixes, aves de vários tipos e plantas tropicais aos montes. O mais legal, no entanto, é a oportunidade de nadar com golfinhos no enorme tanque de água salgada.
Programe-se para fazer um passeio de catamarã por Bávaro, com paradas nas piscinas naturais. Vale muito a pena também o tour de meio dia até o parque marítimo próximo à Praia de Cabeza de Toro. Os barcos da operadora Marinarium levam os visitantes até a área de mergulho com snorkel em embarcações com fundo de vidro.
Nos resorts o que predomina é a comida internacional básica. Mas na República Dominicana, de maneira geral, o que se destaca são os pratos com influências espanholas, africanas e crioulas. Entre os mais típicos estão o Sancocho, com arroz, coentro, banana, abóbora, batata, mandioca, sete tipos de carne, frango e cordeiro; e o prato nacional La Bandera Dominicana, que mistura arroz branco, feijão vermelho e carne. Um pouco da mistura gastronômica pode ser saboreada no restaurante Passion que serve pratos da culinária espanhola, mexicana e contemporânea. Inclua no cardápio também experimentar a cerveja Presidente, de fabricação nacional, e a Mama Juana, bebida típica feita com rum branco, ervas, raízes, canela e mel.
A criançada pode nadar com golfinhos no Dolphin Island, um parque montado em alto-mar. Mergulhos de snorkel também podem ser feitos em outro tanque, onde estão os tubarões e as arraias.
Destino muito procurado para casais em lua de mel, Punta Cana exala romance. Todos os hotéis preparam mimos e oferecem mordomias aos recém-casados e os restaurantes se encarregam de manter a atmosfera intimista com jantares a luz de velas.
Não é o forte da ilha como em outros destinos caribenhos, mas se quiser dar uma espiada em algumas vitrines vá ao Palma Real Shopping Village, em frente aos hotéis Paradisus e Meliá, na praia Bávaro. Ali, você encontra peças feitas com âmbar, a pedra-símbolo da República Dominicana. As vitrines da MAC, Armani, Puma, Adidas, além de cinema, entretêm os turistas. Outro shopping, o San Juan, na Avenida Barceló, é uma boa para comprar suvenires.
A história começa assim: para os moradores do lado holandês, a pronúncia correta é St. Maarten; já quem vive na parte francesa fala Saint Martin. A separação entre um lado e outro é feita apenas por uma placa e, apesar da divisão sutil, a ilha é separada por dois governos, duas moedas e os feriados nacionais não coincidem. De um lado se fala francês e a moeda é o euro; do outro, o idioma é o holandês e o florim das Antilhas é o dinheiro corrente. Mas nos dois trechos você pode ouvir alguns locais discutindo numa estranha língua, é o papiamento, uma mistura de português, espanhol, holandês, inglês, dialetos nativos e africanos. Assim é St. Maarten/Saint Martin, uma ilha de apenas 96 quilômetros quadrados, dividida entre dois países.
St. Maarten
Com o território dividido entre Holanda e França, a ilha une as duas culturas e cria sua própria identidade
O viajante mal colocou os pés na ilha, mas já curtiu a primeira atração. Isso porque o aeroporto Princess Juliana está localizado à beira-mar e as aeronaves parecem que vão pousar na areia. Muitas pessoas se aventuraram nas grades que dividem a área com a Maho Beach. A força dos ventos que sai da turbina é tamanha que é preciso força para não sair voando.
Como todo destino caribenho que se preze, St. Maarten tem um conjunto de praias de primeira. A mais famosa delas é a Orient Bay, no lado francês. Em um trecho, ela é uma praia de nudismo onde os peladões caminham pela areia, tomam sol e nadam sem a menor cerimônia. Conhecida como Saint Tropez do Caribe, Orient Bay também reúne muitos restaurantes, hotéis e lojas na parte da orla onde ficam os banhistas que preferem ficar de roupa de banho.
Quem viaja com crianças pode ficar em Simpson Bay, em que o mar é calmo e ótimo para atividades como caiaque e snorkeling. Para fazer uma geral das praias e mergulhar junto de muitos peixes coloridos e corais, a dica é contratar um passeio de barco. Partindo da marina Pelican, na mesma Simpson Bay, os tours da Agua Mania duram meio dia e passam pelas principais enseadas, com direito a paradas para mergulho de snorkel.
Um dos programas mais interessantes da ilha é o St. Maarten 12-metre Challenge. A frota é composta por cinco veleiros que realizam, diariamente, regatas simuladas em que os participantes ganham funções de tripulação no veleiro. Esse é um dos passeios mais procurados.
Em termos de beleza natural, nada se compara a Cupecoy, no lado holandês, onde falésias avermelhadas acompanham a praia a perder de vista.
A história contada na ilha sobre a divisão das terras começa dizendo que um holandês partiu de um lado tomando rum, enquanto um francês largou da outra ponta entornando uma garrafa de vinho. Onde se desse o encontro dos dois estaria demarcada a fronteira das nações. Pronto, isso parece ter sido suficiente para determinar não só o tamanho de cada lado como também as características que eles teriam. O francês ,aos goles de vinho, obviamente, foi mais longe por estar mais sóbrio. Já o holandês, um tanto mais embriagado e, consequentemente, mais animado, ficou pelo caminho.
Não vá embora sem experimentar a guavaberry, a bebida local, feita de uma frutinha avermelhada do tamanho de uma cereja, que só existe lá. Misturada ao rum, dá um licor delicioso. Mas o mais gostoso é experimentar os quitutes que mesclam influências europeias, caribenhas e africanas. Em quase todos os restaurantes há receitas de camarões ou peixes com molhos agridoces à base de frutas (inclusive a guavaberry) e acompanhados do tradicional dirty rice (“arroz sujo”) – uma mistura de arroz, feijão e temperos à moda creole. Vale a experiência de almoçar no Air Lekkerbek Bar e Restaurante, que serve frutos do mar e pratos triviais dentro de um antigo avião. O valor da comida é bem em conta. Para comer com vista para a Simpson Bay, a sugestão é o 3 Palms Resto Lounge, um bistrô delicinha que tem ótimos coquetéis.
O St Maarten Zoo fica no lado holandês e é o maior zoológico do Caribe. Os ambientes tentam reproduzir os habitats naturais das espécies. Boa chance para conhecer animais da região, como a iguana verde e o mangusto.
Toda a extensão da ilha é uma área livre de impostos. As melhores opções de compras se concentram em Philipsburg, no lado holandês, especialmente em seu distrito comercial, onde ficam as ruas Front e Back. A Front tem cerca de 3 km e é o endereço de joias e eletrônicos. Na Back, o forte são as lojas de roupas, a maioria de moda praia e de artigos esportivos de grandes marcas. Outra peculiaridade é a profusão de joalherias. São mais de 50 que se concentram não só em Philipsburg, como também em Marigot – outro polo urbano da ilha.
Varadero
Resorts, campos de golfe, restaurantes de primeira e muito sol: no balneário cubano não tem tempo ruim!
Quem vai para Havana e depois segue para Varadero tem a sensação que está em outro país. Localizada na Península de Hicacos, distante 140 quilômetros da capital cubana, Varadero tem atrações, hotéis e restaurantes que fogem totalmente do conceito socialista tão martelado na capital. Em seus 20 quilômetros de areia imaculada não faltam grandes resorts (de redes americanas, inclusive) e campos de golfe que têm atraídos jogadores afiados de todas as partes do mundo. O balneário também é conhecido como a Praia Azul, pois suas águas refletem várias tonalidades dessa cor. É ainda um ótimo lugar para mergulho, com cerca de 30 pontos.
Mas reserve um dia pelo menos para fazer passeios pelas áreas próximas ao balneário. Um dos tours mais bacanas é ir até a Península de Zapata, a maior reserva pantanosa nas Caraíbas. Nela está inserida o Gran Parque Natural Montemar, habitat de espécies raras de aves e que abriga diferentes ecossistemas, savana e até selva. Há flamingos, peixe-boi, crocodilos e o menor pássaro do mundo, o beija-flor abelha, endêmico da região. Esse é o melhor local para observação de pássaros em Cuba. Devido à sua importância, foi declarado Reserva da Biosfera pela Unesco. A leste do parque fica a Baía de Cochinos (Baía dos Porcos), com excelentes pontos de mergulho. Na baía visite a Playa Girón, local da famosa invasão à Baía dos Porcos, em 1961, quando exilados cubanos anticastristas, com a ajuda dos Estados Unidos, tentaram invadir o país. A ação foi frustrada e artefatos e até aeronaves usadas no episódio estão reunidos no Museu Girón.
Varadero foi uma espécie de playground de mafiosos americanos. Al Capone foi um deles, e a história que envolve o famoso gângster é cheia de “disse me disse”. O restaurante La Casa de Al carrega a bandeira que ali viveu o bandido e, por isso, arrebata muitos clientes. Mas essa não é e nunca foi a casa dele.
Não se esqueça de experimentar um gaurapo, um coquetel feito com cana de açúcar, água, rum branco e gelo. Já a gastronomia cubana é resultado de fusão de receitas espanholas, africanas e caribenhas. Nos restaurantes você vai encontrar paella, ajiaco criollo (sopa de legumes e carne), bananas fritas, muitos peixes e mariscos e o congrí oriental: prato típico feito de arroz frito, feijão, cebola e toucinho. A sobremesa fica por conta do Guenguel à base de milho triturado, canela e açúcar. Para curtir todo o clima e sabor do local, reserve mesa no La Gruta del Vino, que reproduz uma caverna e é especializado em lagostas, e no Bodegon Criollo, de comida típica.
Golfinhos que vivem no Caribe deveriam ganhar um extra, já que quase todas as ilhas da região oferecem atrações relacionadas a esses fofos mamíferos. Em Varadero, a parada é no Delfinario, onde os turistas podem brincar e nadar com eles.
Bahamas
Destino corriqueiro para os cruzeiros que partem da Flórida, o arquipélago mescla praias e atrações para a família
Bahamas é uma espécie de quintal para os turistas americanos, principalmente para os que vivem na Flórida. Ela fica a um pulinho, apenas 40 minutos de voo de Miami. Além disso, a colonização britânica deixou, entre muitas heranças, o inglês como idioma oficial, o que faz com que os americanos se sintam em casa. O arquipélago é formado por mais de 700 ilhas (32 habitadas) e inúmeras cays, ilhotas formadas por recifes de coral. O destino tornou-se ponto de parada de muitos cruzeiros que saem de Fort Lauderdale, Miami ou Port Canaveral. Os cruzeiristas desembarcam na capital, Nassau, situada na ilha de New Providence. A infraestrutura de Nassau é nota dez com hotéis bacanérrimos, ótimos restaurantes e um cardápio de passeios que ajudam a explorar melhor a região.
Os hotéis de Bahamas fazem o estilo “autossuficientes” e criam uma atmosfera que deixa o visitantes sem vontade de sair de lá para nada. Mas é um desperdício ficar restrito apenas a eles quando for ao arquipélago. Com o mar de tom azul anil, as praias do destino são de uma beleza arrebatadora. Assim, todos os tipos de atividades relacionadas à água fazem sucesso por lá: caiaque, windsurfe, canoagem, mergulho, snorkel, parasail… Contratar os serviços é muito fácil, uma vez que os principais hotéis oferecem as atividades. Por falar em hotel, um deles é uma atração em si. Atlantis Paradise Island é um resort de proporções babilônicas, uma espécie de ilha da fantasia que fica na Ilha Paradise, coladinha a Nassau. Mesmo quem não está hospedado lá, acaba incluindo o lugar no roteiro. O cassino, o parque aquático, a área de mergulho com os golfinhos e outras atividades são abertas também para os não hóspedes. Vale muito a pena conhecer no complexo o Marine Habitat, que reproduz em detalhes a vida subaquática mostrada em lagoas e aquários gigantes, reunindo 50 mil espécies de animais marinhos. Há tubarões, piranhas, leões marinhos, estrelas do mar, barracudas e muito mais. Sem falar no The Dig Atlantis, uma excursão subaquática pelos supostos restos da cidade perdida de Atlântida.
Quanto às praias, as mais cotadas em Nassau são a Cable Beach, com excelente rede de hotéis e restaurantes (e ainda é belíssima), Paradise Beach, uma das preferidas para a prática de esportes aquáticos e a calminha Montagu Beach, ideal para tomar sol e esquecer da vida ou ficar no rasinho brincando com as crianças.
Fora d’água, os visitantes podem fazer um passeio cultural pelo centro de Nassau. É nessa região que fica a Escadaria da Rainha, maior monumento histórico do país. Com 65 degraus, foi talhada por escravos no final do século 18 para homenagear os 65 anos do reinado da rainha Vitória. A escadaria leva ao Forte Finscale, que tem uma das faces em formato de proa de navio e que serviu como base para defender a região dos piratas e corsários que infestaram a área no século 17.
A cor do mar e a beleza de suas ilhas já serviram de inspiração para alguns filmes. Entre os mais célebres estão Help, dos Beatles, e Casino Royale – um clássico de James Bond – filmados em Paradise Island. Outro longa de
Os frutos do mar são à base das receitas, especialmente o caracol conc, um molusco oceânico com carne branca e firme. Ele é servido de diferentes maneiras: assado, cru e temperado com condimentos locais, e servido em saladas, frito ou em sopas. Merece destaque também a lagosta vermelha feita na chapa. Os caranguejos assados e os peixes fritos acompanhados de arroz, bananas, ervilhas e feijão também são pedidos. Uma sopa típica das Bahamas é a Souse feita de cebola, aipo, pimentão, carne bovina e de porco. Para provar receitas originais com conc, a dica é o Tony Macaroni, especializado em pratos com o caracol.
Casar em Bahamas é facinho, facinho. A rigor, basta apresentar o passaporte e cerca de US$ 150. A igrejinha e o “padre” estão lá esperando quem deseja firmar os votos em uma cerimônia ecumênica. O astral é altamente propenso ao romance.
Mais uma vez os golfinhos são a atração preferida da criançada. O mergulho com eles pode ser feito em vários pontos. No Dolphin Cay, do hotel Atlantis, os visitantes conhecem um parque marinho de 14 hectares dedicados à reabilitação e aos cuidados com esses animais. Além do nado, é possível participar de programas de treinamentos e interagir junto a leões marinhos. O hotel Atlantis também conta com o Parque Aquático Adventure, formado por 11 piscinas. Há com cascata, com gruta, uma que imita rio e por aí vai. Não hóspedes podem comprar entradas separadas. O Dolphin Encounter oferece experiências semelhantes com golfinhos. A garotada também vai adorar o museu interativo Pirates of Nassau, que conta de maneira divertida a história de corsários e ladrões do mar que viviam tirando o sossego da ilha. Já no minizoo Ardastra Gardens, os pequenos conhecem os lêmures de Madagascar, um casal de jaguar e os flamingos que se tornaram a principal atração do local.
Livre de impostos, as Bahamas oferecem boas ofertas nas lojas concentradas na Bay Street, principal rua de Nassau, com lojas de perfumes, joias, roupas de cama, mesa e banho, relógios, equipamentos fotográficos e de grifes famosas. Conheça o Festival Place, mercado colorido que vende artesanato típico. Ambos ficam próximo ao porto.
Fonte: http://www.revistaviajar.com.br/artigos/ler/847/caribe#.VLAJayvF8zY