De Porto Alegre ao Zimbábue, conheça destinos que inspiraram músicas
Muitos destinos turísticos pelo mundo inspiraram canções. Seja para exaltar as belezas locais, para comparar sua terra natal com o lugar de exílio ou ainda contar a luta de um povo em busca da liberdade, algumas músicas acabaram virando a primeira lembrança quando se pensa em determinada cidade ou país. Confira abaixo algumas delas.
Londres em “London, London”No início dos anos 70, Caetano Veloso estava meio para baixo. Não era para menos: exilado pela ditadura militar, usa toda sua melancolia para compor uma linda canção. Cantada em inglês, descreve a tranquilidade de andar pelas ruas de uma bela cidade sem medo e da solidão enquanto está longe de casa.
Nova York em “New York, New York”A música de John Kander e Fred Ebb foi composta para a trilha sonora do filme homônimo, de 1977, dirigido por Martin Scorsese, e é tema da personagem de Liza Minnelli. Entretanto, foi na voz de Frank Sinatra que se tornou mundialmente conhecida. A canção é um marco na história de Nova York, estando presente em diversos filmes e momentos importantes da “cidade que nunca dorme”, como no Réveillon na Times Square
Paris em “I Love Paris”A declaração de amor de Cole Poter à cidade de Paris foi composta para a trilha do musical “Can-Can”, em 1952. Regravada por grandes nomes da música, como Ella Fitzgerald e Frank Sinatra, a canção fala da paixão pela cidade durante todas as estações do ano, afinal, seu amor está lá.
Zimbábue em “Zimbabwe”A música de Bob Marley fala sobre a luta pela independência de Zimbábue do império britânico. As palavras que defendiam a “luta pelo certo, luta pelo direito, direito de decidir o próprio destino” da letra viraram hino do exército da libertação. No dia 18 de abril de 1980, Bob Marley e the Wailers se apresentaram na cerimônia em que o Príncipe Charles concedeu a independência ao povo de Zimbábue, em Harare. Cem mil vozes livres puderam, enfim, cantar os versos do rei Bob.
São Paulo em “Sampa”Foi em 1978, com o lançamento do álbum “Muito”, que nasceu uma das maiores homenagens da música à cidade de São Paulo. Em “Sampa”, o baiano Caetano Veloso eternizou a esquina entre as ruas Ipiranga e São João, no centro da cidade, além de descrever a São Paulo da garoa, da fumaça que apaga estrelas e da efervescência cultural.
Haiti em “Haiti”A banda Arcade Fire tem relações íntimas com o Haiti. Principalmente pelo fato de os pais de Régine Chassagne, líder da banda, terem deixado o país caribenho fugindo do regime ditatorial de François Duvalier, o Papa Doc. No CD de estreia do grupo, “Funeral”, uma bela homenagem em forma de música mistura o francês, a língua oficial do local, com o inglês e fala sobre a opressão e a resistência na época do ditador.
Litoral de Salvador em “Tarde em Itapuã”A parceria entre Vinícius de Morais e Toquinho transformou em poesia a preguiça de descansar à beira da praia, observando o infinito azul do mar da praia de Itapuã, no litoral de Salvador. O álbum foi lançado em 1971, época em que a praia ainda não sofria tanto com a superlotação dos finais de semana e feriados. Mesmo assim, continua sendo uma das mais bonitas da capital baiana.
Rio de Janeiro em “Do Leme ao Pontal”Em um de seus maiores sucessos, o cantor Tim Maia repete insistentemente que nada no mundo é tão belo como o litoral do Rio de Janeiro, principalmente o trecho entre Leme e Pontal. Isso, é claro, “sem contar o Calabouço, Flamengo, Botafogo, Urca, Praia Vermelha”.
Porto Alegre em “Deu pra ti”Nada como o lar. É assim para a dupla Kleiton e Kledir. Quando as coisas não vão muito bem e eles andam assim meio down, é hora de ir pra Porto e… “bah, tri legal”. É lá que encontram a tchurma do Bonfim, o Bar do João, o chimarrão e, claro, a galera do Beira Rio.
Rota 66 em”Route 66″Mais que uma música, a canção composta por Bobby Troup em 1946 é um convite para pegar o carro e seguir pela famosa Rota 66. A estrada parte de Chicago, Illinois, e segue até a cidade de Santa Mônica, na Califórnia. Regravada por artistas como Chuck Berry, Rolling Stones até John Mayer e Depeche Mode, se tornou um clássico dos aventureiros americanos. Atualmente deixou de servir como rota principal do sistema viário americano, com a criação de novas e modernas rodovias, mas é mantida por sua importância cultural, histórica e turística pelo governo americano. Então, “Get your kick on Route 66″.
Fonte: http://viagem.uol.com.br/noticias/2015/05/11/de-porto-alegre-ao-zimbabue-conheca-destinos-que-inspiraram-musicas.htm