Quer estudar no exterior? Veja onde o real vale mais
Alta do dólar impulsiona outros destinos
A alta da moeda americana está fazendo os brasileiros interessados em realizar cursos de idiomas no exterior optarem por destinos mais econômicos.
África do Sul, Austrália, Irlanda e até mesmo Buenos Aires têm se mostrado opções interessantes, devido ao câmbio e ao custo de vida mais baixos.
De acordo com Tutty Bicalho, diretora geral de intercâmbio da CVC, empresa que entrou recentemente no mercado de viagens desse tipo, o objetivo da maioria dos viajantes é aliar o estudo da língua inglesa ao turismo. Ela afirma que a escolha de cidades como Sidney (Austrália), Dublin (Irlanda), Toronto e Vancouver (Canadá) e Cidade do Cabo (África) proporcionam aos viajantes uma economia de 20%, em média, quando comparado a pacotes semelhantes nos EUA.
A CVC, por exemplo, oferece por R$ 5 mil cursos de duas semanas de inglês na África do Sul. O pacote inclui aulas, acomodação, refeições e passagem aérea. Em um pacote similar na terra do Tio Sam, considerando o dólar a R$ 3,63, o intercambista desembolsaria R$ 6.564,31, ou seja, 23% a mais
Tutty destaca que no quesito qualidade, os cursos não deixam nada a desejar e possuem certificação de importantes órgãos internacionais. “A relação custo x benefício é muito alta, quando comparada aos Estados Unidos e Inglaterra”.
Além da qualidade no ensino, a diretora da CVC aponta que outros fatores têm sido essenciais para a escolha do intercâmbio, como clima, potencial turístico e oportunidade de trabalho. “Austrália e Nova Zelândia são alternativas para aqueles que desejam estudar por mais de seis meses. Nestes países,é possível trabalhar legalmente por 20 horas semanais, com finalidade de complementar a renda”.
Cláudia Gouvêa , diretora da CI Viagens e Intercâmbio de Santos, revela que o perfil dos estudantes tem apresentado mudanças quanto à idade. “Os mais velhos têm optado por esperar a queda do dólar, porém, notamos que cada vez mais os pais têm investido na educação dos filhos no exterior.
O Canadá continua forte na demanda e Estados Unidos, apesar de tudo, tem seu público fiel”. Segundo dados fornecidos pela CI, o interesse pelos EUA caiu de 33% para 24%, e pelo Reino Unido, de 15% para 12%. Para o Canadá, a empresa registrou um salto de 30% para 40%, comparando os primeiros semestres de 2015 e 2014.
Com intuito de não perder a clientela interessada em se aperfeiçoar nos EUA, as empresas têm oferecido taxas de câmbio mais baixas. “Estamos dando um apoio com o dólar a R$ 2,99”, diz Tutty.
Buenos Aires também tem se mostrado uma alternativa mais barata para quem deseja aprender ou aperfeiçoar o espanhol, devido à desvalorização do peso argentino em relação ao real. A cidade ganha pontos entre os intercambistas, não só devido à proximidade com o Brasil, mas também por oferecer preços bastante acessíveis e aceitar a moeda brasileira em diversos estabelecimentos.
Também pelo valor de R$ 5 mil, na CVC, é possível estudar duas semanas de espanhol em Buenos Aires, com acomodação, refeição e passagem aérea.
Interesse por high school está em alta
Os programas de high school vêm se tornando cada vez mais populares entre os brasileiros com idades entre os 14 eos 18 anos. Os pais têm investido na educação dos jovens, de olho na qualidade oferecida pelas escolas no exterior e o sonho de ver os filhos estudando em universidades renomadas.
Um dos motivos para que a demanda tenha crescido é a oportunidade do intercambista conviver com os nativos, tornando o aprendizado bem mais eficiente.
Além disso, o estudante faz uma imersão na cultura do país e tem a possibilidade de aprender diversas disciplinas as quais nunca teria possibilidade e cursar no Brasil,como marcenaria e carpintaria, culinária,estudos marinhos, entre outras atividades inusitadas.
A diretora da CI, Cláudia Golvêa, aponta que um dos fatores determinantes para a escolha de cursos de longa duração está na crença dos pais que o período de instabilidade vivido no País não favorece o futuro dos filhos, e que o intercâmbio é certeza de acesso a oportunidades muito superiores às oferecidas no Brasil.
Para aqueles que desejam investir na educação dos jovens no exterior, a empresa oferece programas que duram de seis meses a um ano, com valores que podem ser parcelados em vários meses.
O semestre na escola de high school Taradale, em Hawkes Bay, Nova Zelândia, por exemplo, pode ser financiado pelo Banco Santander, com entrada de R$ 4.283,16 e parcelas em 24 vezes. Já para quem tem o sonho de passar um ano fora, é possível estudar na mesma escola pagando uma entrada de R$ 6.872,56, mais 24 parcelas de R$ 3.439,03.
Fonte: http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/turismo/quer-estudar-no-exterior-veja-onde-o-real-vale-mais/?cHash=3ea0a111ccf388a41ff22056eaa31179