Sete museus interessantes do Brasil
1. Pinacoteca (SP)
Homenagem à vanguarda
POR QUE IR?
É impossível não reparar no imponente prédio com tijolinhos à vista no centro da capital paulista. Ali, em pleno burburinho, fica um dos museus mais interessantes da cidade: a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Construído para abrigar o Liceu de Artes e Ofícios, foi inaugurado em 1905 e, naquela época, ocupava um andar e seu acervo contava com apenas 26 quadros. Atualmente, o local tem mais de 20 mil m² e é parada obrigatória para quem aprecia pintura, fotografia e escultura – tanto que já acolheu exposições grandiosas, como as criações de Rodin e de Matisse. O calendário de mostras está sempre bem recheado; alguns destaques do acervo são obras de Lasar Segall, Portinari, Victor Brecheret, Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral. Depois de passear pelo museu, faça uma pausa no charmoso café, localizado ao lado do jardim. Peça um expresso saboroso para brindar o fim da visita.
PARA CURTIR MAIS
• A Pinacoteca fica na praça da Luz e a maneira mais fácil de chegar lá é de metrô. A estação Luz, da linha azul – as linhas do metrô em São Paulo são denominadas por cores – tem uma saída bem na porta do museu. Aos sábados, a entrada é gratuita. Nos outros dias (exceto segunda, quando está fechada), varia entre R$ 3 e R$ 6.
• Aproveite para visitar também a Estação Pinacoteca e o Memorial de Resistência de São Paulo. Instalados nos prédios vizinhos, a Estação guarda um bom arquivo de gravuras nacionais, enquanto que no Memorial é possível aprender um pouco mais da história do Brasil, principalmente sobre o período da ditadura militar.
2. Museu da Cachaça (CE)
Brinde à tradição
POR QUE IR?
Distante apenas 25 km da capital do Ceará, fica o marco da história da cachaça no estado. Sim, é na primeira fábrica da Ypióca, em Maranguape, que a tradicional marca de aguardente abriu o museu dedicado ao líquido apreciado no mundo inteiro. O auge da visita é na Casa Grande, construída em 1846 e que exibe ainda hoje estilo colonial suntuoso, porém, desde a entrada, o museu confirma por que é reconhecido fora do Brasil. Ao ingressar no espaço, um profissional especializado conta a história das moendas e máquinas antigas e, logo à frente, é possível conhecer o tonel de madeira com capacidade para quase 400 mil litros. Depois basta continuar explorando a área: confira as garrafas que a Ypióca já teve e conheça um botequim da época.
PARA CURTIR MAIS
• O Museu da Cachaça está localizado dentro do Y-Park. Nos fins de semana, no restaurante local, pratos da gastronomia típica, como baião de dois e carneiro, compõem o menu caprichado, especial para acompanhar uma dose da branquinha.
• Abre de terça a domingo, das 8h30 às 17 horas, entrada a R$ 16, com direito a um passeio de jardineira, uma cachacinha e um copo de caldo de cana.
3. Museu Oscar Niemeyer (PR)
Sob o olhar sinuoso do arquiteto
POR QUE IR?
Ao lado do Bosque do Papa, em Curitiba, uma construção repleta de curvas chama a atenção – e os apaixonados por arquitetura logo reconhecem nela traços típicos de Oscar Niemeyer. O tal “edifício” é o museu que leva o nome do famoso arquiteto brasileiro. Apesar de o prédio principal ter sido restaurado recentemente – sua inauguração foi em 1978 –, é o anexo, conhecido como Olho, que atrai os curiosos visitantes. No grande edifício de vidro e concreto, que brinca com os conceitos “sobriedade” e “lúdico”, não faltam exposições sobre a arte moderna.
PARA CURTIR MAIS
• Se possível, aproveite os cursos oferecidos no museu. A oficina “A Imagem, o Movimento e o Lúdico” desvenda a arte moderna ocidental, analisando as criações de Picasso, Marc Chagall e Salvador Dalí, entre outros artistas renomados.
• O Museu Oscar Niemeyer fica na r. Marechal Hermes, 999, e funciona de terça a domingo, das 10h às 18h (ingresso a R$ 4).
4. Museu Nacional do Mar, São Francisco do Sul (SC)
No balanço das ondas
POR QUE IR?
Em um dos galpões da empresa Hoepcke que estavam abandonados foi criado, em 1993, um lugar especial para os amantes do oceano e das embarcações: o Museu Nacional do Mar. Quinze temas ligados ao mar são explorados, entre canoas, jangadas, saveiros, traineiras e outros barcos que compõem o cenário. Dentre os espaços que convidam a passar horas, está a sala Amyr Klink, cujos objetos transportam para uma aventura pelas águas do mundo. Lá estão a canoa Max, que o navegador ganhou quando tinha seis anos, e o IAT, embarcação com a qual Amyr cruzou o Atlântico, numa viagem de 100 dias. Outro espaço que merece destaque é o Rancho dos Pescadores. Uma pausa ali leva a imaginação ao universo dos homens do mar, repleto de lendas e tradições.
PARA CURTIR MAIS
• O Museu Nacional do Mar fica na cidade de São Francisco do Sul, perto de Joinville. O endereço é rua Manoel Lourenço de Andrade, s/n; aberto de terça a domingo, das 10h às 18h.
• Folheie alguns dos mais de 1.300 livros da biblioteca do museu. Ali, as informações sobre a história da navegação, biologia marinha, batalhas navais, mergulho e até natação são infinitas.
5. Fundação Iberê Camargo (RS)
O resgate da infância
POR QUE IR?
O artista Iberê Camargo, durante sua vida, produziu mais de 7 mil obras. E é parte desse patrimônio, repleto degravuras, aquarelas e desenhos, que compõe o acervo de sua fundação. Omuseu, aberto em 2008, quatorze anos após a morte da artista, não tem o objetivo apenas de aproximar o público da produção de Iberê, mas incentivar a reflexão sobre a arte contemporânea. O prédio tem a assinatura de um dos arquitetos mais badalados da atualidade, o português Álvaro Siza – repare na força das linhas retas do projeto. Não perca as famosas séries de carretéis, bicicletas e idiotas – homens apáticos que Iberê começou a pintar em 1991, num resgate da infância “solitária” que passou no interior do Rio Grande do Sul.
PARA CURTIR MAIS
• O programa Bolsa Iberê Camargo é um incentivo para os artistas nacionais se aperfeiçoarem cada vez mais. Anualmente, a fundação premia brasileiros com bolsas de estudos em centros de arte internacionais.
• O espaço está localizado na Av. Padre Cacique, 2000. Funciona de terça a domingo, das 12h às 19h. Às quintas, fica aberto até 21h.
6. Museu Imperial, Petrópolis (RJ)
A história das princesas
POR QUE IR?
Segundo cartas de D. Pedro II, o Palácio Imperial, em Petrópolis, foi sua residência preferida, onde passou os melhores momentos de sua vida. Transformado em museu em meados do século passado, encarar a suntuosidade do lugar é como uma volta no tempo, à época em que o Brasil ainda era dirigido pelos portugueses. Lá estão reunidos cerca de250 mil documentos originais, sendo boa parte datada do século 13 ao 20, sem contar o acervo de fotografias que revela o Rio de Janeiro de antigamente. No final das tardes de sextas e sábados, há o Sarau Imperial. Enquanto o sol se põe, artistas declamam poesias e encenam conversas entre a princesa Isabel, a condessa de Barral e Isidoro Bevilacqua, o professor de piano.
PARA CURTIR MAIS
• É comum museus terem lugares restritos ao público. No Museu Imperial, entretanto, toda última quarta-feira do mês esses espaços são abertos. Nos bastidores, o visitante tem a chance de conhecer o laboratório de conservação e restauração e o arquivo histórico. O museu fica na rua da Imperatriz, 220, e abre de terça a domingo, das 11h às 18h.
. Museu Duas Rodas, Visconde de Mauá (MG)
A evolução do equilíbrio
POR QUE IR?
Quando uma das primeiras bicicletas surgiu, ainda no princípio do século 19, tinha um nome engraçado: draisiana. Não era nada fácil andar naquele novo meio de transporte: o guidão desproporcional e a falta de design dificultavam o equilíbrio. Mas, com o tempo, a tal draisiana evoluiu e hoje tem inúmeros modelos, ganhou motor e o nome de motocicleta, e ainda leva adjetivos como aerodinâmica e rodas levíssimas. É essa história que está no Museu Duas Rodas, um lugar simpático escondido em Visconde de Mauá. Cem veículos estão expostos por lá, entre eles o primeiro modelo de motocicleta industrializada do mundo e a mais antiga bicicleta do Brasil.
PARA CURTIR MAIS
• O Museu Duas Rodas está localizado dentro do Parque das Corredeiras, em Visconde de Mauá. Depois de visitar o local, curta a natureza ao redor, com muitos rios e cachoeiras.
• Abre diariamente das 9 às 17 horas e o ingresso custa R$ 15. Se for visitar o parque também, a entrada fica em torno de R$ 30.
Fonte: http://viagemecia.uol.com.br/brasil/sete_museus_interessantes_do_brasil.html